A criação de araras, assim como outras espécies de aves exóticas, desperta o interesse de muitas pessoas. Entretanto, conforme explica Ernesto Matalon, antes de embarcar nessa empreitada, é crucial compreender os aspectos legais envolvidos na criação de aves magníficas. A visão jurídica da criação de araras é moldada por uma série de regulamentações e leis que visam proteger não apenas as aves em questão, mas também a biodiversidade e a ecologia como um todo. Neste artigo, exploramos os principais aspectos jurídicos envolvidos na criação de araras.
Convenções internacionais e proteção da fauna silvestre
A criação de araras está sujeita a convenções e tratados internacionais que buscam a conservação da fauna e da flora silvestres. A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) é um dos principais acordos internacionais que regulam o comércio de animais e plantas silvestres. As araras, como espécies protegidas e ameaçadas, são frequentemente incluídas em listas restritivas.
Legislação nacional
Conforme informa Ernesto Matalon, a legislação de cada país é responsável por definir as regras específicas para a criação de araras. No Brasil, por exemplo, a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) prevê avaliações para quem realiza a criação, comercialização ou tráfico ilegal de animais silvestres, incluindo as araras. A obtenção de autorizações específicas é um requisito essencial para a criação de aves. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é o órgão responsável por regulamentos e fiscalizar a criação de animais silvestres, incluindo as araras.
Requisitos para criação legal
Para criar regras de forma legal, como indica Ernesto Matalon, é fundamental atender aos diversos requisitos estabelecidos pela legislação. Alguns dos requisitos comuns podem incluir:
- Licenciamento e autorização: Geralmente, é necessário obter uma licença específica emitida pelo órgão ambiental competente. Essa licença detalhará as condições e restrições de criação.
- Registro e identificação: Cada arara pode precisar ser identificada de maneira única, muitas vezes por meio de anilhas ou microchips, para rastreamento e monitoramento.
- Origem legal: As araras devem ser adquiridas de fontes legais, como criadores registrados, para evitar o tráfico ilegal de animais.
- Instalações adequadas: As instalações de criação devem cumprir requisitos específicos para garantir o bem-estar das aves.
- Manejo responsável: Práticas de manejo devem ser inovadoras para garantir o cuidado adequado das araras, incluindo alimentação, cuidados veterinários e estímulo ambiental.
Bem-estar animal e conservação
A perspectiva jurídica da criação de araras também está intrinsecamente ligada ao bem-estar animal e à conservação das espécies. Como elucida Ernesto Matalon, as leis e disposições visam proteger as araras e as suas populações naturais, evitando a exploração excessiva e promovendo a educação sobre a importância da conservação.
Por fim, vale frisar que a criação de araras na visão jurídica envolve uma série de considerações importantes. Desde as convenções internacionais até às regulamentações nacionais, é crucial compreender e cumprir as leis que protegem essas aves e a biodiversidade como um todo. A obtenção das autorizações permitidas, o cumprimento dos requisitos de manejo e o respeito ao bem-estar animal são componentes fundamentais para criar araras de forma ética e legal. Através desse cuidado, é possível não apenas apreciar a beleza dessas aves exóticas, mas também contribuir para sua conservação e preservação no mundo natural.