Alexandre Costa Pedrosa destaca que a relação entre o intestino e o cérebro vai muito além do que se imaginava há algumas décadas. A ciência moderna tem comprovado que os alimentos exercem um papel fundamental não apenas na saúde física, mas também na saúde mental e emocional. Essa conexão, conhecida como eixo intestino-cérebro, mostra que o que comemos pode influenciar diretamente nosso humor, concentração e até o risco de desenvolver doenças neurológicas.
Compreender o poder invisível dos alimentos é o primeiro passo para adotar hábitos que promovam bem-estar integral e desempenho cognitivo aprimorado.
Como o intestino se comunica com o cérebro?
O intestino é frequentemente chamado de “segundo cérebro”, e isso não é por acaso. Ele possui um sistema nervoso próprio, o sistema nervoso entérico, que se comunica com o cérebro através do nervo vago e de substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores. Aproximadamente 90% da serotonina, o hormônio responsável pela sensação de bem-estar, é produzida no intestino.
Essa interação constante significa que qualquer desequilíbrio intestinal, como inflamações, disbiose ou má digestão, pode afetar diretamente o estado emocional e cognitivo. Alexandre Costa Pedrosa explica que, quando a flora intestinal está em harmonia, o corpo produz mais substâncias que favorecem o bom humor e a clareza mental. Por outro lado, uma microbiota desregulada pode aumentar a irritabilidade, o cansaço e até favorecer quadros de ansiedade e depressão.
Quais alimentos fortalecem essa conexão positiva?
A alimentação equilibrada é a chave para manter o eixo intestino-cérebro em funcionamento ideal. Alimentos ricos em fibras, probióticos e antioxidantes são essenciais para nutrir as bactérias benéficas do intestino, que, por sua vez, enviam sinais positivos ao cérebro.
Entre os alimentos mais benéficos estão:
- Iogurtes e kefir, que são fontes naturais de probióticos e ajudam na manutenção da flora intestinal.
- Frutas e verduras coloridas, ricas em vitaminas, minerais e compostos bioativos que reduzem a inflamação.
- Oleaginosas, como nozes e amêndoas, que contêm gorduras boas e melhoram a função cognitiva.
- Peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha, que contribuem para a proteção das células cerebrais.

Alexandre Costa Pedrosa frisa que é importante evitar o consumo excessivo de ultraprocessados, açúcar e gorduras saturadas, pois eles comprometem a saúde intestinal e, consequentemente, o equilíbrio mental.
De que forma os alimentos influenciam o humor e o desempenho mental?
O impacto dos alimentos no cérebro é profundo. Nutrientes como magnésio, triptofano, vitamina B12 e ômega-3 participam da produção de neurotransmissores responsáveis por regular o humor e a concentração. Quando há deficiência desses nutrientes, o sistema nervoso perde eficiência e surgem sintomas como irritabilidade, fadiga mental e falta de foco.
Segundo Alexandre Costa Pedrosa, manter uma dieta rica em alimentos naturais e variados é uma das formas mais eficazes de preservar a saúde cerebral a longo prazo. Além de melhorar a disposição e o raciocínio, uma alimentação adequada reduz o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. Esse equilíbrio nutricional fortalece não apenas a mente, mas também o sistema imunológico e o metabolismo, formando um ciclo positivo entre corpo e mente.
O papel da microbiota intestinal na saúde mental
A microbiota intestinal, conjunto de trilhões de bactérias que vivem no intestino, é um dos principais mediadores dessa conexão entre alimentação e cérebro. Ela atua na digestão, na produção de vitaminas e na regulação de substâncias químicas que afetam o sistema nervoso. Quando a microbiota está saudável, o corpo responde com mais energia, melhor humor e resistência a doenças.
No entanto, dietas pobres em fibras e ricas em industrializados podem causar desequilíbrio bacteriano, favorecendo inflamações e prejudicando a comunicação entre intestino e cérebro. Alexandre Costa Pedrosa ressalta que cuidar da microbiota é cuidar da mente. Alimentos fermentados, prebióticos e hidratação adequada são fundamentais para preservar esse ecossistema interno e garantir que o cérebro receba os estímulos corretos para funcionar plenamente.
Autor: Parga Kaveron
